A janela estava
aberta com uma brisa leve que de lá, balançava meus cabelos, tal quais estavam
sendo penteados por Helena. Minha mente estava um tanto confusa quanto a quem
viria me visitar? E logo depois de tão pouco tempo. Aliás, foi ontem mesmo que
cheguei... Nossa... Passou tão devagar essa minha estadia de um dia... Pareceu
uma eternidade...
Meus pensamentos
foram interrompidos por um barulho estranho vindo do lado de fora, do qual veio
da janela. Fico espantada, saio correndo para a janela, Helena se assusta com
minha reação, consequentemente parou de pentear meus cabelos. Paro minhas mãos
na janela, impulsiono para levantar-me e ver o que era, não deu muito certo...
Pois era muito pequena, apenas vi as árvores que se avistavam até mesmo de
longe da janela.
Fico ainda mais
curiosa, pois não consegui ver o que era... Esse barulho me era familiar.
-Helena! Quem é?!
–digo sorrindo e indo até ela, a qual estava pegando minha tiara, dada por meu
avô.
-Essa tiara é mesmo
muito linda, Auria! –diz ela sorrindo e colocando-a em meus cabelos, afagou-os.
-Não mude de
assunto... –digo ficando emburrada, de braços cruzados.
Sorrira.
-Venha, Auria!
–leva-me para a porta e abre-a.
-Heleeena! –digo
tentando conquista-la.
Rira e fomos até a
recepção do internato, os corredores estavam tão vazios, mais que o normal.
Começo a ouvir,
novamente os barulhos, que agora estavam mais nítidos. Pareciam com relinches.
Só pode ser!!
Olho mais a frente,
Senhor Saval estava sorrindo conversando com um senhor, que o reflexo não me
deixava ver a face.
-Não me diga, Luís!
Não me diga! –sorria, o Senhor Saval.
-Sim, sim! Ele
conseguiu muito méritos depois de ter pego o javali sozinho! E só com uma
lança! Uma lança, hein Saval! –brincava o homem, que fez um cutuque no braço de
Saval, consequentemente deixando seu rosto fora do reflexo. Daí com certeza era
ele!
-Vovô!? –digo surpresa.
-Auria! –diz ele
sorridente, mas quieto.
Corro até em sua
direção, sem olhar para os lados, dou-lhe um abraço. Para a surpresa de Luís.
-Ora, ora! –diz ele
com um baque, indo um pouco para trás e deixando seus braços entrelaçarem,
finalmente em sua neta, a qual nunca abraçava ninguém.
O abraço, ele se
abaixa um pouco para poder ter um encaixe perfeito do abraço, ele ficou
surpreso, eu também fiquei. Foi por completo, impulso meu ter ido o abraçar.
Mas por algum modo eu precisava daquilo. Afagou meus cabelos.
-A senhorita está com
a tiara que lhe dei! –sorrio, Luís, levantando-se e afagando minha cabeça.
-Sim... Desculpe pelo
impulso, vovô! –digo cabisbaixa e de mãos juntas ao vestido.
-Não... Eu gostei! –se
abaixa, deixa a perna posta e bate a mão nesta para eu poder sentar-me.
-Eu... Estava com
saudades de suas visitas em casa... –digo sentando, e passando meus cabelos
para detrás da orelha direita.
-Eu sei, querida
Auria! –ele afaga meus cabelos. –Mas! Não vamos falar de coisas ruins, vamos!
Fique feliz, ora! –sorri e pega no biquinho de Auria e a levanta.
-Sim! –tento me
animar.
-Ah! Já ia me
esquecendo de lhe apresentar, Auria! –dizia ele levantando e ali no fundo,
havia uma criança, que antes não tinha visto, pois a luz da manhã não me
deixou.
-Quem é? –pergunto confusa.
-Albert Lancaster. –disse
apresentando um garoto loiro, de olhos azuis, um tanto tímido. –Ele é filho do
imperador de um reino próximo daqui. Fica ao Norte. –sorri.
-Hum... –ainda estava
confusa.
-Bom, para a idade de
vocês... Vocês não iriam entender o por quê disso. –sorrio para Saval, fazendo
caretas.
O garoto curvou-se
diante mim, pegou minha mão e beijou-a. Puxo-a depressa e fico um pouco
envergonhada.
-Prazer, princesa! –disse
ainda curvo.
-Prazer! –digo em um
tom constrangido.
Não tivera nem
percebido, mas muitas pessoas estavam ali, como se tivesse um circo no Castelo.
A atração era meu avô...
Luís Bientomz IV, meu
avô é o Rei de Alavarthe. Nosso reino fica no centro dos cinco Reinos de nossa
região. Tanto que o nosso, é o maior e mais organizado reino, de todos os
outros. Os outros pregam um regime muito rígido, tal qual ainda há muitas
coisas que foram herdadas de Hitler. Mas nós de Alavarthe, somos diferentes de
outros reinos, nós temos a organização mais invejada, pois todos adoram e
idolatram o Rei Luís, ele respeita à todos em sua volta, trata como um só. Não
por um posto, mas sim pelo caráter. Ele tem um de seus guardas pessoais que
tirou das ruas, e o trouxe para o castelo Real, hoje é seu braço direito. Um
homem nobre, Luís B. IV, de coração com fibra de um adolescente, não para um
segundo. Então quando se fala em cavalgar? A família Bientomz reina Alavarthe,
desde sempre. São séculos e séculos de reinado, todos os homens da família
adoram e idolatram cavalos, menos meu pai. Mas eu, como uma garota não devia
gostar de cavalos, então nunca tive um. Mas por que tivera que parar o gosto
dos Bientomz, por causa de um gosto feminino. Nascera uma garota e ela não
pudera ter um gosto que de séculos em séculos era nomeada à filhos, homens!
-Minha princesa! –disse
Luís sorridente, tirando Albert diante de mim.
-Diga vovô! –sorrio.
-Tenho um presente
para ti! –sorri, como se nada estivesse acontecendo.
-O que é? –sorrio e
vou para mais perto dele, ergo a cabeça, fazendo minha tiara cair no chão.
Helena corre para
poder pegar a tiara que estava no chão, Albert também foi.
-Aqui está, Auria! –disse
Albert, estendendo-a para mim.
-Oh! –diz Helena, em
tom de desculpas.
-Tudo bem, Helena,
obrigada pela tentativa. –digo enquanto sorrio para ela, viro minha face para o
garoto. –O senhor, me chame de Senhorita! Não lhe dei intimidade para me chamar
de Auria, propriamente dita. –pego a tiara de sua mão, bruscamente.
-Ora... Desculpe,
Senhorita Auria! –diz com um tom meio sarcástico ao dizer meu nome.
-Tchi! –coloco minha
tiara na cabeça rapidamente e dou as costas para o garoto. –Onde está, vovô? E
o que é? –sorrio e seguro sua mão, olho para trás, lá estava o garoto com um
sorriso de canto.
Ouunt,tá ficando cada vez melhor,Auria-san *-*
ResponderExcluirEstou ansiosa para ver os outros capítulos!
Realmente,o Rei Luís B. IV parece ser incrível :)
Ount, obrigada *O*
ExcluirNé... Ele é um homem adorável *O*