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domingo, 22 de julho de 2012

Shinigami School - Capitulo 5


Já era final de tarde e o jovem loiro andava calmamente pela rua indo em direção a sua casa. A ladeira a qual tinha que descer para chegar a sua residencia, mostrava uma bela paisagem, o sol estava por ir embora e o laranja banhava os prédios e o mar que parecia ser de cristal. O primeiro dia de aula fora cansativo, primeiro o testo de Ryru Sensei, depois a aula de defesa com  Mai Sensei, a ex assassina e atual professora da escola.

Mai Sensei fez parte da elite de assassino no mundo real, mesmo tendo o certificado de Shinigami, preferiu seguir no mundo real do que ir para o paralelo. 

Kenji estava exausto, seus passos eram lentos e sua cabeça parecia pesar mais que duas toneladas. Ao finalmente chegar na sua rua, dobrou a mesma e seus olhos viram algo nada agradavel.

Lili, sua irmã, estava nas patas de um Raksasa. Lili estava desacordada e o Raksasa a olhava, Kenji ficou estático por um momento, mas a todo pulmão gritou o nome da irmã que não se moveu. O Raksasa ouvi o grito do jovem loiro e então um berro assustador foi escutado. Kenji largou sua mochila no chão e foi em direção ao Raksasa que estava parado, em frente a sua casa quase distruida.

- O que pensa que está fazendo? - Perguntou Kenji sem nenhuma intenção.

O Raksasa ficou de frente para Kenji, que estava de punhos serrados.

- Solte a minha nee-chan! - Disse a todo pulmão.

Kenji não sabia como atacar um Raksasa com suas mãos nuas, sem alguma espada ou alguma outra coisa. Nenhuma ideia passava pela cabeça de Kenji, a imagem de sua irmã inconciente era a unica coisa que seus olhos viam e seu coração parecia sair pela boca.

- Lili! - Gritou Naomi, a mãe de ambos.

- Mãe?

- Kenji, o que está contecendo? - Perguntou Naomi com lágrimas nos olhos olhando para o filho que não respondia. 

Naomi havia ido as compras e deixou Lili sozinha em casa, caso Kenji chegasse antes dela, Lili prepararia o jantar. O tempo que durou no mercado, foi o tempo necessário para Lili ser pega por um Raksasa, que por alguma razão em especial, queria a alma da menina de algum jeito. 

- Solte a minha filha agora! - Disse Naomi com um tom de voz diferente da sua voz normal, que era meiga e doce.

Naomi serrou os olhos, ao ver a sua filha na mão daquele Raksasa como se fosse um pedaço qualquer de carne, ou melhor ,uma alma qualquer.

- Espado Tantsida! - Foram  as únicas palavras que sairam da boca de Naomi.

Uma luz violeta surgia nas costas de Naomi que mantinha seus olhos no Raksasa que apenas gritava. Naomi pegou a espada de fina lamina de suas costas e a sacou. Em questões de segundos, o Raksasa que estava na frente dos dois e segurando Lili, estava partido em dois. Antes que Lili pudesse bater contra o chão, Kenji correu para segurar a irmã que continuava desacordada.

Naomi, estava no chão, agachada, recuperando o folêgo. Sua espada desaparecia com a mesma luz violeta.

- Mãe. - Chamou Kenji  baixo.

Naomi se virou para Kenji e sorriu. 

- Vamos levar a sua onee para o hospital. - Disse ela calmamente.



Minutos depois, estavam no hospital, na sala de espera, anciosos para algum médico chegar e dar noticias de Lili. Kenji estava perplexo em ver sua mãe com toda aquela força, era difcil derrotar um Raksasa sem ter alguma mancha de sangue na roupa ou um simples machucado.

Kenji olhava pela visão periféria, Naomi estava de cabeça baixa, o olhar vago, sem expressão alguma no rosto.

- Senhora Matsuda? - Ouviu-se uma voz grossa.

Kenji e Naomi se levantaram e foram em direção a um homem de jaleco branco e cabelo penteado para trás. O mesmo carregava uma prancheta, com os dados de Lili. Naomi estava fazendo seu papel de mãe preocupada, já que o médico dera noticias não muito boas. Lili estava com fraturas no braço direito e no tornozelo esquerdo, tinha machucados pelo corpo e precisava ficar um tempo no hospital.

A cabeça de Kenji estava a mil, ao saber de Lili a mesma pareceu querer explodir.

- Bom, ela terá que ficar um tempo por aqui, creio que vocês deveriam buscar roupas para ela. - Disse o médico sorrindo gentilmente.

- Claro doutor. - Disse Naomi. - Vamos Kenji. 

- Sim!



A volta para a casa foi silenciosa, Kenji não trocou uma palavra com sua mãe desde que sairam do hospital. Naomi no fundo estava satisfeita com isso, já que teria que dar satisfações ao seu filho sobre o corrido.

- Okaa. - Disse Kenji.

- Sim.

- O que foi tudo aquilo? - Perguntou Kenji com certa dificuldade.

- Aquilo o que? - Naomi devolveu a pergunta.

- Aquilo... Aquela espada e o jeito estranho que você falou.

O carro parou, já haviam chegado em casa. Naomi desligou o veiculo e ficou em silencio, Kenji observava a mãe, calada e de cabeça baixa. Ela estava pensando em como contaria sua história ao filho, que por 15 anos guardou a sete chaves.

- Kenji... Eu...

- Você?

- Sou uma shinigami, igual ao seu pai.

Aquilo fora um baque para Kenji, sempre pensara que sua mãe era uma 
mulher normal, que não via fantasmas e que muito menos era uma shinigami com espada e tudo mais.

- O que? - Perguntou Kenji confuso.

- Sou uma shinigami, formada também, na Décima Escola de Shinigami. - Respondeu Naomi tentando sorrir. - Lá que conheci seu pai.

- Por que não me contou isso? - Kenji baixou a cabeça.

- Queria manter você e sua irmã seguros.

- Seguros? Aos 13 anos enfrentei meu primeiro Raksasa para salvar a alma de uma pirralha.

- Kenji...

- Tsc, deixa para lá. Vamos pegar as coisas para Lili e voltar para o hospital.

Kenji queria mais respostas, mas o momento não era o apropriado, sua irmã estava ferida, em um hospital por um Raksasa, monstro este que humano normal nenhum poderia ver, sua casa estava um caos e sua mãe, era uma shinigami.


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