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sexta-feira, 8 de março de 2013

Capítulo 10


Capítulo 10
-Seus pais... –Hisabel começava, olhando para fora da janela.
Louise começara a chorar, quando comentara em seus pais, apertando forte a mão de Nathaniel.
-Seus pais faleceram, hoje! –Hisabel diz numa voz chorosa e um tanto desesperada.
Louise desabou a chorar, a gritar, ficando incrédula, perguntara se era verdade:
-Isso não é verdade! Não é! –disse aos prantos, batendo as pernas, incrédula.
-Louise, acalme-se! –Nathaniel tentava abraça-la.
Louise não deixara ser abraçada, renegava o abraço, ainda aos prantos.
-Você não sabe como é esse sentimento! Não me diga para me acalmar! Você não perdeu seus pais! –Louise fica enraivada, e bate nos braços de Nathaniel, no qual queria abraça-la para conforta-la.
-Louise... –Nathaniel tentava novamente, assim conseguindo abraça-la, para aconchego. –Não se preocupe, estamos aqui para ficar contigo... –abraçava-a forte.
-Eu não acredito... Por que comigo? –Louise apertava forte Nathaniel.
-Estou aqui ... –Nathaniel não aguentou e começou a chorar, em silêncio.
-
Antes...
-Você me ajudou pela segunda vez, percebera? –sorrio, olhando para ele, quando ele olha para mim, fico séria.
-De nada... –me fita, sério.
-Obrigada... Vocês se conhecem? –aponto minha cabeça para trás.
-Albert? –arqueia uma sobrancelha.
-Sim...
-Não... Nunca o vi em minha vida. –diz seco.
-Nossa... Você parecia o conhecer, de algum modo... –olho para o lado, não avisto o garoto, do outro lado do lago.
-Não o conheço. –frio. –Você é muito fria! –olha para frente.
-Eu? –digo sarcasticamente.
-Sim...
-Achei que fosse tu, quem fosse... –rio.
-Eu? Tu dizes isso de mim, mas nem se vê como és frio, não é mesmo? –o vento começava a ficar frio, e balançava meus cabelos, gentilmente.
Nathaniel olha para frente, parecia um pouco envergonhado.
-Desculpe... –fico um pouco confuso com seu pedido de desculpas.
-Tudo bem... –olho para frente e já estávamos perto.
-Auria! –Luís grita de frente ao cavalo, parando-o e afagando-o.
-Vovô... –pulo do cavalo.
-Onde está Albert? –pergunta olhando para o fundo.
-Não sei... –com desdém.
-Auria... –Luís vê-me fria. –O que aconteceu?
-Ela quase caiu do cavalo. -diz Nathaniel, quem nem fora percebido pelo Rei.
-E ele me ajudou.
-Albert?
-Não. –aponto o braço para Nathaniel. –Ele! O outro inútil, apenas me “sequestrou” para não sei onde e nem sequer me ajudou!
-Obrigado, caro rapaz! –Luís estende a mão para Nathaniel como se fossem os dois, adultos.
-Não foi nada, sua neta sempre se mete em encrencas... Pelo que percebi. –diz seriamente, Nathaniel.
-Oh... De onde tirastes isso, garoto insolente? –olho para Nathaniel com frieza.
-Louise?!
Nathaniel sai correndo, com o nome dito, que parecera ser algo importante que tivera acontecido. Saval ao mesmo também vai. Luís fica avistando de longe para não ocorrer tumulto perto da garota.
Logo, mais tarde, o diretor Saval recebe uma informação de que os pais de Louise teriam morrido num ataque terrorista no próprio castelo.
Informações internas do Rei,[i]” Ocorreu, agora a pouco, um assassinato a sangue frio de dois postos da realeza.
Mais detalhes sobre a morte:
Corpo jogado sobre a cama, com uma taça de vinho ao chão; vinho tinto, com cheiro suspeito; Mulher, Senhora Paola Manford;
Corpo jogado do lado de fora da sacada, com marcas de sangue nas poltronas, furos no estômago, por um golpe fatal; madeira, que provavelmente vieram da adaga usada, ou seja, pode ter sido mandado por um fidalgo, ou, por vontade própria de um aldeão; Homem, Senhor Mi Lorde Jone Manford;
Por enquanto temos estas informações. Nada concreto, de certezas.[/i]
-
Tivera entrado depois da confusão, tivera ficado um pouco no quarto de Louise, mas parecera um incômodo ficar lá, então me pus a sair de lá, e vim parar aqui, com meu avô.
-Vovô... O que o trouxe aqui, tão rapidamente? –digo o olhando, de cima a baixo, estávamos no jardim, o tumulto tivera acabado.
-Eu vim lhe trazer um presente... –diz com cara de criança, quando descoberta.
-Apenas isso, Senhor Luís? –digo sorrindo, pegando em sua mão.
-Oh, Auria... Minha princesinha! –ele solta minha mão e levanta-me ao alto, como se tivesse voltado aos meus 4 anos de idade.
-Vovô... –digo envergonhada.
-Você está mudada, e parece nem ter gostado do presente. –fica emburrado.
-Eu amei o presente, apenas estranhei por aparecer tão cedo... –sorrio para ele, no qual fica sério.
-Querida... –fixo seu olhar, que parecera sério, mais que nunca. –Coisas que eu, não queria fazer, terei de fazer... Mas quero que ouça minhas palavras...
Fico atenta e sento ao seu lado, no qual ele também se senta, me puxa para sua frente e sento-me.
-A vida, não é aquele conto de fadas que tanto escolhemos viver... Mas eu lhe peço que viva-a muito intensamente, pois a vivemos apenas uma vez...
-Vovô?
-Quando você crescer, irá governar esse reino, todo! –o olho assustada.
-Sim... Irá! E irá muito bem! –ele sorri. –Mas para isso, terás de se casar, pois o regime é muito rígido quanto a isso... Não sei se você sabe disso, mas sua mãe, não pode mais ter filhos, ela apenas teve você e não poderá mais ter, ou seja, você é a nossa única herdeira mais jovem e apta para o cargo de Rainha e governante de Alavarthe... –fico confusa e meio assustada com tantas informações em minha cabeça.
-Mas... Eu sou contra a você ter de se casar, sua avó já sabe disso, não queria que se casasse com um homem escolhido por seus pais... Não queria... A mulher, uma mulher, como você, um dia pode governar esse reino tão bem quanto um homem qualquer... –olho para Luís. –tudo bem, talvez eu tenha exagerado... Mas quando crescer... Terás a capacidade de procurar sozinha um javali! –e então ele começa suas teorias.
-Javali? –pergunto confusa.
-Consegui... –diz ofegante... Albert.

Capítulo 9



Capítulo 9
-Auria! –a voz insiste... Olho para cima e vejo um garoto montado à cavalo, vindo em minha direção, rapidamente.
-Nathaniel? –grito, agora mais assustada, pois o cavalo ficou arisco com outro cavalo vindo em sua direção.
-Venha comigo! –ele estende a mão chegando mais perto de mim.
-Me ajude! –estendo a mão, ele chegava mais perto, o cavalo começou a relinchar, puxo minha mão de volta para segurar-me na rédea com firmeza, para não cair.
-Cuidado... Oooh... Oooh, calma garoto! –Nathaniel tentava o acalmar, movendo-se vagarosamente ao seu lado.
-Acalme-se garoto... –tentava também, acalmá-lo.
-Venha... –Nathaniel pulara de seu cavalo e estende a mão para mim.
-Não... –fito para minha frente.
-Agora a pouco estavas pedindo ajuda, garota! –olha enraivado, para mim, apontando para próximo onde estávamos.
-Mas...
-Venha! –estende a mão novamente.
-Não! –olho para ele, enraivada.
-Auria! –insiste com a mão estendida.
-Ajude-me a galopar... –olho para o lado oposto ao dele, ficando um pouco envergonhada.
-O quê? –abaixa a mão.
-Ajude-me a galopar... –repito.
-Não, isso eu entendi... Mas... –fixo meu olhar ao dele. –Logo agora que você tomou um susto... –sem mais nem menos, ele sorri. –Sim... Eu te ajudo...
Ele monta no cavalo, pede a rédea do meu, e guia-o.
-Vou leva-la ao seu avô. –diz frio, olhando para frente.
-Obrigada, Nathaniel... Novamente... –olho para frente, logo ao lado, avistando aquela paisagem maravilhosa.
-Você agora, me deve dois favores... –diz ele, sarcástico.
-Ora, não abuses... –sorrio.
-
-O que será que está acontecendo, Saval? –Luís ficara desesperado, por Saval ter colocado ideias maliciosas que pudera acontecer com eles.
-Não pense assim, Luís! –Saval segurava sua cabeça com as duas mãos desesperadamente.
-Tu quem colocou isso em minha cabeça, ora seu! –Luís encara Saval, com um ar de culpado.
-Mas... Mas... Ah! –Saval olhara para Luís, logo se culpa novamente.
Algumas pessoas estavam olhando para a situação que estava acontecendo mais adentro, entre Luís e Saval. Outras, estavam planejando uma festa surpresa para uma garota...
-Nós temos de fazer a maior festa possível! –diz uma garota de longos cabelos escuros, olhos cor de violeta, um olhar meigo e gentil.
-Hoshina, ela irá fazer 9 anos apenas... Não precisa ser uma festa grande! –outra garota de cabelos curtos ruivos e de olhos brilhantes e vermelhos.
-Mas precisamos de uma festa, ora, Hisabel! –a garota retruca.
-Do que estão falando? –a garota, de longos cabelos cor de rosa, Louise, se aproximara.
-Não é nada... –as garotas disfarçam, se entreolhando.
-Digam, garotas! –a garota insiste, sorridente.
-Não diremos.
-É sobre Nathaniel?
-Não, Louise. Tu pensas apenas nesse garoto, vê? –Hoshina se aproxima dela, encarando-a, sarcasticamente.
-Ora... Que posso fazer? –ficara sem graça.
-Estais apaixonada? –Hisabel insiste no sarcasmo.
-Não! –desvia o olhar, meigamente e timidamente.
-Será? Não tens idade para isso... –Hisabel sorri.
-Amor não tem idade, Hisabel. –desafia-a.
-Ora, então estais amando? –Hoshina se aproxima mais.
-Não sei nem o que é isto... –desvia o olhar novamente.
-Parece que ele saiu correndo com o cavalo dele... –Hisabel olha para o alvoroço.
-Hã? –Louise vira-se, enraivada.
-O que há, Louise? Estias ficando um pouco avermelhada... –Hoshina ri. –Estais com ciúmes do cavalo dele, também? –aponta para o caminho.
-Não... A garota de antes está por lá... Por que esse alvoroço todo, mesmo? –fica em dúvida e olhando a multidão.
-Parece que temos uma visita inesperada. –Hisabel confere, tentando olhar.
-Visita? Será meus pais? –Louise sente um aperto no coração... –Ai... –coloca a mão no busto.
-O que houve, Louise? –Hosinha se aproxima da amiga.
-Não sei... –sorri. –Senti um aperto no coração, devo estar com muita saudade! –sorri, desconfiada.
-Não deve ser nada! –Hisabel sorri, aproximando-se da multidão.
-É... Não deve ser nada... –sorri, ainda desconfiada.
-É o Rei, quem está aqui! –Hisabel solta um grito de surpresa, ao ver o Rei diante seus olhos.
-O Rei? –Hoshina corre até Hisabel, duvidosa.
-Meu criador! É o Rei, Louise! Venha ver! –estendia a mão até Louise.
-Rei? –Louise segura a mão de Hoshina, sente uma tontura, pisca os olhos repentinamente, muitas vezes, de repente cai no chão, inconsciente.
-Louise?! –Hoshina sente o peso de sua amiga, ao cair, já que estava a segurando na mão. Abaixa-se para ajudar. Leva suas mãos ao rosto da amiga, que ainda estava inconsciente, vagarosamente, tentando acordá-la, em vão.
Saval escuta o grito de Hoshina, ao chamar a amiga.
-Senhor Saval! –Hisabel vê a amiga e o chama imediatamente, em meio a multidão.
-O que houve!? –corre até Hisabel, que parecia desesperada.
-Louise, desmaiou! –aponta para Louise ao chão, logo levando suas mãos a cabeça, incrédula do acontecimento.
-
-O que houve? –Louise acorda com uma dor em sua cabeça, depois de muito tempo. Estava em sua cama, em seu quarto.
Quem estava ao seu lado, era Hoshina, Hisabel e Nathaniel. Hoshina estava abraçada com Nathaniel, com uma face encharcada em lágrimas, Hisabel olhava a janela com o rosto pálido e choroso.
-O que houve? –Louise olhara para eles, descendo em sua face uma lágrima involuntária.
Hoshina, com a pergunta, abraça Nathaniel forte, para poder chorar mais, aos soluços não conseguira dizer nada. Nem mesmo olhar no fundo dos olhos da amiga.
-Louise... –Nathaniel tentava falar. –Hoje, aconteceu uma coisa... –sua face estava um tanto vermelha, a ponta de seu nariz, e olhos.
-Você estava chorando, Nathaniel? –Louise pergunta, levando sua mão para a face de Nathaniel. Nathaniel abaixa-se para poder ganhar o afago.
-Louise... –ele segura sua mão, fechando os olhos e saindo uma lágrima.
-O que houve? –Louise tentava descobrir o que era, ficando mais preocupada, quase chorando.