Páginas

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Espinhos do Amor – Capítulo 2

Dia Difícil

     Passei todo o final de semana pensando no que a Stella iria fazer. Aquela garota é maluca e sei que ela é capaz de qualquer coisa, ainda mais quando se trata de me humilhar. Sei que ela vai fazer de tudo pra tentar acabar com a minha vida, nem imagino o que ela deve estar tramando.
     ”Plena segunda-feira e tenho ir para o colégio com essa terrível dor de cabeça.”
     Não conseguia pensar em nada, minha cabeça parecia que ia explodir. Só pensava nos mil e um problemas que aquela garota poderia me trazer.
     Tive que sair cedo de casa, meu pai estava com uma “amiguinha” e eu não ia aguentar vê-la.
     ”Como ele podia fazer isso? Poucos meses após a esposa morrer e já começa se embebedar e sair com a primeira bitch que aparece! Porque ele fazia isso comigo? Pior, porque ele fazia isso com a mulher que ele mais amou, a única que ele amou em toda a sua vida?”
     Como sempre passei na casa da Auria (Auria mora na casa ao lado), eu não queria ficar em casa, mas também não queria aparecer no colégio. Então decidi ficar com a Auria, que pelo visto é a única que me compreende.
     – Mily! O que é isso? – disse Auria me olhando da cabeça aos pés com uma cara de espanto quando cheguei na casa dela.
     – Como assim? Isso o que?
     – Não acredito que você vai para o colégio assim?
     Eu nem tinha percebido, mas saí de casa ainda de pijama.
     – Não faz mal, só é mais um motivo para eu não ir.
     – Mily! Não acredito que você ainda está pensando naquele lance com a Stella.
     – Sim, ainda estou pensando “naquele lance”, mas também não quero nem pensar em voltar em casa hoje.
     – Já sei. O seu pai está com visita?
     – Isso mesmo.
     – Entre, eu te empresto uma roupa minha. Aliás, você não pode perder uma prova tão importante por causa de uma bobagem.
     – Nossa! Eu me esqueci completamente da prova de Matemática, eu nem estudei.
     – Não faz mal. Eu sei que mesmo você não estudando você consegue uma nota maior do que a minha.
 
     Enquanto tomávamos café na cantina do colégio, tentamos estudar para a prova, mas parecia que nada entrava na minha cabeça.
     – Mily! Prontinho, já falei com ele. – disse Stella enquanto se aproximava.
     – Mas Stella…
     – Mas nada. Não precisa me agradecer, eu só fiz o que devia, afinal é pra isso que servem as amigas. – ela piscou e foi embora.
     ”A não. Isso não pode estar acontecendo. Mily acorda desse pesadelo antes que seja tarde demais.”
     Depois das três primeiras aulas, já sentia um alívio, não por ele saber a verdade, mas porque todas as vezes que olhava na direção dele ele não reagia, não sei se era um bom sinal, mas pelo menos ele não riu de mim como ele sempre faz quando ele descobria essas idiotices de pessoas tão insignificantes quanto eu.
 
     Eu estava no refeitório do colégio esperando pela Auria, que eu não sei como ela pôde ter desaparecido assim, quando alguém me chamou.
     – Mily. Precisamos conversar.
     Eu levei um susto quando ouvi isso, mas logo vi que era só a Silvana, minha professora de Matemática.
     – Sim professora, o que é?
     – Estou preocupada com você. O que ouve com a sua prova?
     – Prova? Como assim? A nota foi tão ruim assim?
     – Olhe você mesma.
     – Zero?! Não, isso não pode ser deve ter alguma coisa errada! -“Quem é que tira ‘zero’ numa prova de Matemática?”
     – Pelo jeito tem mesmo. Aconteceu alguma coisa? Você é a minha melhor aluna.
     – Me desculpe. Eu só estou com alguns problemas. Prometo que isso não vai acontecer nunca mais.
     – Eu espero que não aconteça mesmo. Resolva seus problemas e me procure na próxima segunda.
     – Procurar? Por quê?
     – Como por quê? Para você poder tirar a nota que merece.
     – Obrigada Dona Silvana. Muito obrigada mesmo. Não vou desapontá-la.
     Eu estava me sentando novamente, quando me chamaram de novo. Essa professora já não disse tudo o que queria?
     – Mily?
     – Sim, Dona Sil… Eduardo? – nessa hora minhas pernas ficaram bambas, meu corpo todo tremia e eu não conseguia encontrar a minha voz.
     – É sou eu, quem pensou que fosse? – disse ele com um sorriso lindo. Lindo não, perfeito.
     – Ni… Ninguém. O que você quer?
     – Será que eu posso falar um instante com você?

>>>Capitulo anterior<<<                                       >>>Próximo capítulo<<<

5 comentários:

  1. Ai que nervoso @_@
    Curiosa pra saber o que o Eduardo vai responder o/
    Continua ^__^

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Também tô !! Onee *OOOOOOOO*
      Poooste *ooooo*
      Amei amei *o*
      >.<

      Excluir
    2. O que será que ele vai dizer? o.o

      Excluir
  2. Ameeei Mily-chan ^^
    Continua logo antes que você me mate de curiosidadeee !

    ResponderExcluir