Terminamos ali,
bastante tarde, o que vira.
-Pode me levar ao meu
aposento? –digo confusa lavando minhas mãos na pia, ainda na sala de culinária.
-Oh! Ainda estás
perdida neste lugar imenso? –riu Slyowa.
-Sim... De certa
forma sim... –digo secando minhas mãos com um pano. –Tudo bem, confesso. Estou
completamente perdida, ainda.
-Ora! Pobre garota,
chegastes hoje... Não se preocupe! –disse Diana saindo da sala. –Tchau garotas!
-Tchau! –dito em
uníssono.
-Vamos leva-la até
seu aposento, não é mesmo Carol? –disse Slyowa virando-se para Carol que ainda
estava um pouco fora de si.
-Ah... Sim! –voltara.
-Obrigada, garotas!
–saímos da sala.
-Você está gostando
daqui, Auria? –perguntou Slyowa para quebrar o gelo, quando passamos pelo
corredor que eu fiquei perdida... Eu acho que era este mesmo!
-Oh... Sim! Estou
gostando deste lugar. –fico tentando decorar cada quadro na parede para
lembrar-me onde estava, para da próxima vez não me perder.
-Aqui é bastante
corrido, às vezes... Brincadeira! –brincou Carol.
Rimos.
-Você vai fazer que
tipo de esporte? –pergunta Slyowa curiosa.
-Bom... Ainda não sei
bem... –digo, mas eu já sabia bem o que queria fazer!
-Eu faço! –dizia
sorridente e começando a pular, com os braços balançando.
-É. Ela faz costura!
Inclusive com Hoshina, Rosalya, Alexy, Leigh, às vezes Lysandre aparece... E
...
-Ainda não conheço
todos que disseste! –interrompo-a.
-Ah tá! –disse sem
graça.
-Eu conheço por nome,
a Hoshina... Estavam falando dela... –fico cabisbaixa.
-Chegamos... acho que
é aqui... Auria! –disse Slyowa percebendo minha preocupação, ou frustação.
-Ah... Obrigada,
garotas! Gentileza da parte de vocês! –curvo-me enquanto digo. –Boa noite!
–abro a porta.
-Boa noite Senhorita,
não tem de quê! –dito em uníssono.
Entro no aposento
aceno e fecho-a. Helena já estava ali, arrumando algumas coisas na penteadeira.
-Como foi seu dia,
Senho... Auria! –sorrira.
-Obrigada, Helena!
Foi muito confuso, mas foi legal! Consegui fazer colegas.
-Oh! Isso é ótimo,
Auria! –pegava um pente para pentear meus cabelos, me sentando na cadeira da
penteadeira.
-Vou tomar um banho e
ir comer algo. –digo levantando sorrindo para Helena. –Não precisa pentear meus
cabelos agora! Obrigada!
-Tudo bem, então...
Eu te acompanharei até ao refeitório. –dizia enquanto separava roupas para mim,
rapidamente e escolhendo.
-Obrigada!
Fui ao banho, estava
muito confusa, ao mesmo abalada... Mas estava feliz por não estar mais em casa,
com tanto alvoroço. Com tanta coisa... Com minha mãe... Terminara o banho.
Vou para me trocar,
as roupas já estavam separadas ali, no sofá, entreposta.
Vou para o quarto,
donde Helena já me esperava com um sorriso.
-Vamos? –dizia
estendendo-me a mão.
-Sim!
Fomos pelos
corredores imensos, que para ela pareciam tão fáceis... Andamos um pouco e
chegamos até o refeitório, donde haviam poucas pessoas, algumas quem não sabia
quem eram.
Sentei-me ali,
enquanto Helena fora buscar comida. Trouxe-as e todos pareciam me observar.
Não movi um músculo
quanto à isso. Então chega o garoto, de antes! O Nathaniel.
-Hey! Vão cuidar de
suas vidas! Parem de vigiar a garota! –espantou-os. Eram poucos mas estavam
realmente olhando.
O fito sem graça, e
ele solta um pequeno sorriso de canto, mas logo fecha sua face, parecia estar
enraivado. Ele pega sua comida e se senta à minha frente, Helena já fica
confusa.
-Obrigada! –digo
ainda sem graça.
-Tudo bem! –ele
começa a comer.
-Mas não precisava!
–digo orgulhosa ao ver sua face de vitorioso.
-Ora... Não é?
-Não! –digo me
levantando, nem tivera terminado de comer.
-Auria! –dizia Helena
tentando me conter. Minha face estava queimando, mas acho que não estava
envergonhada, e sim enraivada.
-Não seja orgulhosa
pequena! –disse ainda sentado.
-Ora! Não sabes com
quem está tentando mexer, garoto! –digo como se estivéssemos brigando, mas ele
nem sequer reagia quanto à isso.
-Desculpe então! Da
próxima não mais farei! –ele fica sem expressão, pega sua comida e simplesmente
sai dali.
-Auria! –disse Helena
num tom decepcionado.
-Ele tentou me
beijar... –digo ficando com minha face em chamas novamente, mas não me sentia
mais enraivada, mas sim envergonhada, fixo meu olhar para o chão e sento-me,
coloco minhas mãos abaixo da mesa e fico olhando-as de leve, sem rumo ao certo.
Olho para Helena
vagarosamente, ela estava boquiaberta.
-O quê? –pergunto sem
graça.
-Não acredito, Auria!
–ela ri.
-Pare Helena! –digo
olhando novamente para minhas mãos e logo o chão.
-Oh... Tudo bem eu
paro! –rira novamente.
Termino de comer e
vou até meu quarto, vou sozinha! Sim... Eu consegui não me perder!
Chego até meu quarto,
Helena tivera separado meu pijama, visto-o e logo deito em minha, nova cama.
A noite passou tão
depressa que nem percebi sequer que fechei meus olhos. Então acordo com Helena
batendo à porta.
-Auria? –abrira.
-O-oi, bom dia
Helena. –digo ainda deitada, abraçada à um travesseiro, maior que eu, por
sinal.
-É melhor se
vestir... –disse sorridente. –Você tem visita!
Rapidamente a olho
assustada. Será ser meu pai? Quem será que está aqui? Já sinto falta dele...
Mas...
Dou um pulo da cama,
escorrego-me no tapete que havia sobreposto ao lado da cama e vou diretamente
ao banheiro tomar um banho. Helena entra no toalete e escolhe a roupa.
Termino meu banho e
rapidamente visto minha roupa com a ajuda de Helena.
-Quem é, Helena? Quem
é?
-Ora! Não vou
dizer... Ele disse para fazer surpresa! –disse sorridente me levando até frente
ao espelho.
-Oh, Helena! Me diga!
Quem é? Quem é? -sorrio para ela, pelo
reflexo no espelho. –Ele? É meu papai?
Helena fica com sua
expressão nula.
-Não... Auria... –ela
vira-me para diante à ela. –Seu pai pode demorar a vir aqui, tudo bem? Não
fiquei chateada com o tempo que levar para ele vir, tudo bem?
-Mas... Então quem é
a visita? –pergunto com o som de decepção.
-Verás! –ainda penteava
meus cabelos.