Capítulo 10
-Seus pais...
–Hisabel começava, olhando para fora da janela.
Louise começara a
chorar, quando comentara em seus pais, apertando forte a mão de Nathaniel.
-Seus pais faleceram,
hoje! –Hisabel diz numa voz chorosa e um tanto desesperada.
Louise desabou a
chorar, a gritar, ficando incrédula, perguntara se era verdade:
-Isso não é verdade!
Não é! –disse aos prantos, batendo as pernas, incrédula.
-Louise, acalme-se!
–Nathaniel tentava abraça-la.
Louise não deixara
ser abraçada, renegava o abraço, ainda aos prantos.
-Você não sabe como é
esse sentimento! Não me diga para me acalmar! Você não perdeu seus pais!
–Louise fica enraivada, e bate nos braços de Nathaniel, no qual queria
abraça-la para conforta-la.
-Louise... –Nathaniel
tentava novamente, assim conseguindo abraça-la, para aconchego. –Não se
preocupe, estamos aqui para ficar contigo... –abraçava-a forte.
-Eu não acredito...
Por que comigo? –Louise apertava forte Nathaniel.
-Estou aqui ...
–Nathaniel não aguentou e começou a chorar, em silêncio.
-
Antes...
-Você me ajudou pela
segunda vez, percebera? –sorrio, olhando para ele, quando ele olha para mim,
fico séria.
-De nada... –me fita,
sério.
-Obrigada... Vocês se
conhecem? –aponto minha cabeça para trás.
-Albert? –arqueia uma
sobrancelha.
-Sim...
-Não... Nunca o vi em
minha vida. –diz seco.
-Nossa... Você
parecia o conhecer, de algum modo... –olho para o lado, não avisto o garoto, do
outro lado do lago.
-Não o conheço.
–frio. –Você é muito fria! –olha para frente.
-Eu? –digo
sarcasticamente.
-Sim...
-Achei que fosse tu,
quem fosse... –rio.
-Eu? Tu dizes isso de
mim, mas nem se vê como és frio, não é mesmo? –o vento começava a ficar frio, e
balançava meus cabelos, gentilmente.
Nathaniel olha para
frente, parecia um pouco envergonhado.
-Desculpe... –fico um
pouco confuso com seu pedido de desculpas.
-Tudo bem... –olho
para frente e já estávamos perto.
-Auria! –Luís grita
de frente ao cavalo, parando-o e afagando-o.
-Vovô... –pulo do
cavalo.
-Onde está Albert?
–pergunta olhando para o fundo.
-Não sei... –com
desdém.
-Auria... –Luís vê-me
fria. –O que aconteceu?
-Ela quase caiu do
cavalo. -diz Nathaniel, quem nem fora percebido pelo Rei.
-E ele me ajudou.
-Albert?
-Não. –aponto o braço
para Nathaniel. –Ele! O outro inútil, apenas me “sequestrou” para não sei onde
e nem sequer me ajudou!
-Obrigado, caro
rapaz! –Luís estende a mão para Nathaniel como se fossem os dois, adultos.
-Não foi nada, sua
neta sempre se mete em encrencas... Pelo que percebi. –diz seriamente,
Nathaniel.
-Oh... De onde
tirastes isso, garoto insolente? –olho para Nathaniel com frieza.
-Louise?!
Nathaniel sai
correndo, com o nome dito, que parecera ser algo importante que tivera
acontecido. Saval ao mesmo também vai. Luís fica avistando de longe para não
ocorrer tumulto perto da garota.
Logo, mais tarde, o
diretor Saval recebe uma informação de que os pais de Louise teriam morrido num
ataque terrorista no próprio castelo.
Informações internas
do Rei,[i]” Ocorreu, agora a pouco, um assassinato a sangue frio de dois postos
da realeza.
Mais detalhes sobre a
morte:
Corpo jogado sobre a
cama, com uma taça de vinho ao chão; vinho tinto, com cheiro suspeito; Mulher,
Senhora Paola Manford;
Corpo jogado do lado
de fora da sacada, com marcas de sangue nas poltronas, furos no estômago, por
um golpe fatal; madeira, que provavelmente vieram da adaga usada, ou seja, pode
ter sido mandado por um fidalgo, ou, por vontade própria de um aldeão; Homem,
Senhor Mi Lorde Jone Manford;
Por enquanto temos
estas informações. Nada concreto, de certezas.[/i]
-
Tivera entrado depois
da confusão, tivera ficado um pouco no quarto de Louise, mas parecera um
incômodo ficar lá, então me pus a sair de lá, e vim parar aqui, com meu avô.
-Vovô... O que o
trouxe aqui, tão rapidamente? –digo o olhando, de cima a baixo, estávamos no
jardim, o tumulto tivera acabado.
-Eu vim lhe trazer um
presente... –diz com cara de criança, quando descoberta.
-Apenas isso, Senhor
Luís? –digo sorrindo, pegando em sua mão.
-Oh, Auria... Minha
princesinha! –ele solta minha mão e levanta-me ao alto, como se tivesse voltado
aos meus 4 anos de idade.
-Vovô... –digo
envergonhada.
-Você está mudada, e
parece nem ter gostado do presente. –fica emburrado.
-Eu amei o presente,
apenas estranhei por aparecer tão cedo... –sorrio para ele, no qual fica sério.
-Querida... –fixo seu
olhar, que parecera sério, mais que nunca. –Coisas que eu, não queria fazer,
terei de fazer... Mas quero que ouça minhas palavras...
Fico atenta e sento
ao seu lado, no qual ele também se senta, me puxa para sua frente e sento-me.
-A vida, não é aquele
conto de fadas que tanto escolhemos viver... Mas eu lhe peço que viva-a muito
intensamente, pois a vivemos apenas uma vez...
-Vovô?
-Quando você crescer,
irá governar esse reino, todo! –o olho assustada.
-Sim... Irá! E irá
muito bem! –ele sorri. –Mas para isso, terás de se casar, pois o regime é muito
rígido quanto a isso... Não sei se você sabe disso, mas sua mãe, não pode mais
ter filhos, ela apenas teve você e não poderá mais ter, ou seja, você é a nossa
única herdeira mais jovem e apta para o cargo de Rainha e governante de
Alavarthe... –fico confusa e meio assustada com tantas informações em minha
cabeça.
-Mas... Eu sou contra
a você ter de se casar, sua avó já sabe disso, não queria que se casasse com um
homem escolhido por seus pais... Não queria... A mulher, uma mulher, como você,
um dia pode governar esse reino tão bem quanto um homem qualquer... –olho para
Luís. –tudo bem, talvez eu tenha exagerado... Mas quando crescer... Terás a
capacidade de procurar sozinha um javali! –e então ele começa suas teorias.
-Javali? –pergunto
confusa.
-Consegui... –diz
ofegante... Albert.